Eduardo Bonnuncielli
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A Ilha de Páscoa, também conhecida como Rapa Nui, é famosa por suas estátuas de pedra gigantes chamadas de moais. Os primeiros habitantes da ilha foram os polinésios, que chegaram por volta do século IV d.C. Os moais são estátuas impressionantes em forma de humanóides, e a origem dos moais remonta ao período entre 1250 e 1500 d.C., quando os habitantes da Ilha de Páscoa começaram a esculpir essas estátuas a partir de rochas vulcânicas da própria ilha. Os moais variam em tamanho, alguns atingindo até 20 metros de altura.
Estima-se que existam cerca de 900 moais na Ilha de Páscoa, distribuídos em diferentes locais da ilha. Essas estátuas de pedra gigantes são uma característica marcante da paisagem da ilha e representam uma parte significativa da cultura e história dos antigos habitantes da ilha.
A escrita Rongorongo, encontrada em tábuas de madeira na Ilha de Páscoa, ainda não foi totalmente decifrada. Esses glifos misteriosos, descobertos no século XIX, têm desafiado os esforços de tradução e interpretação. Embora existam algumas teorias sobre seu significado, até hoje permanece um enigma sem solução definitiva.
Uma das grandes incógnitas é como os nativos conseguiram transportar essas enormes estátuas por longas distâncias sem o uso de tecnologia moderna. Existem várias teorias, mas ainda não há consenso sobre o método exato utilizado. Alguns pesquisadores sugerem que os moais eram arrastados horizontalmente sobre troncos de árvores, enquanto outros propõem que eram movidos verticalmente, balançando de um lado para o outro.
Além do transporte, a construção dos moais envolveu cinzéis de pedra e uma técnica meticulosa de escultura, que exigia grande habilidade e conhecimento por parte dos artesãos Rapa Nui. Os moais eram esculpidos em pedreiras localizadas em várias partes da ilha, e depois eram movidos para os locais de exibição por razões cerimoniais ou religiosas. Cada moai representava um ancestral importante para a comunidade Rapa Nui, e sua construção e exibição eram parte essencial das práticas culturais e religiosas do povo da ilha.
A escassez de recursos naturais e a degradação ambiental eventualmente levaram ao declínio da civilização Rapa Nui, e a produção de moais diminuiu. Muitas estátuas inacabadas ainda podem ser vistas nas pedreiras da ilha, testemunhos do colapso social e ecológico ocorrido.
Não há evidências concretas que ligam os habitantes da Ilha de Páscoa à mítica Lemúria ou ao continente de Mu. Essas são lendas e teorias que tentam explicar a origem de civilizações perdidas, mas carecem de base científica. Acredita-se que os polinésios migraram para a ilha a partir de outras ilhas do Oceano Pacífico, sem relação com tais lendas.
Mu e Lemúria são considerados continentes lendários que, de acordo com algumas teorias pseudocientíficas, teriam existido no passado e desaparecido devido a cataclismos ou eventos misteriosos. Algumas narrativas especulam sobre uma possível ligação entre esses continentes perdidos e lugares misteriosos como a Ilha de Páscoa, devido à sua localização remota e à presença de monumentos impressionantes, como os moais.
No entanto, essas conexões são baseadas mais em mitos e especulações do que em evidências científicas sólidas. A maioria dos estudos arqueológicos e históricos não encontrou provas concretas que apoiem a existência de Mu ou Lemúria como continentes reais.
A teoria de Mu foi popularizada por James Churchward no século XIX, enquanto Lemúria foi proposta por Philip Sclater no século XIX. Ambas as teorias foram amplamente desacreditadas pela comunidade científica devido à falta de evidências verificáveis e à natureza fantasiosa de suas reivindicações. Portanto, embora seja intrigante especular sobre possíveis conexões entre a Ilha de Páscoa e os continentes perdidos de Mu ou Lemúria, atualmente não há evidências científicas substanciais que sustentem tais teorias.
Atualmente, os moais são símbolos icônicos da Ilha de Páscoa e atraem turistas de todo o mundo, continuando a intrigar e fascinar aqueles que visitam este lugar remoto no meio do Oceano Pacífico. Apesar de muitas questões permanecerem sem resposta, os moais representam o notável legado cultural e artístico dos antigos habitantes da Ilha de Páscoa, que conseguiram realizar feitos extraordinários com recursos limitados e técnicas engenhosas.
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